Conchinhas com Lulas e Pesto

Eu e o Zé Maria estamos em casa há uma semana. A conhecermo-nos. A estabelecer novas rotinas. A aprender muito. A viver momentos muito felizes e com muito mimo.
E, por enquanto o Zé Maria é um bebé calminho. Dorme muito bem, de noite e de dia, o que deixa a mamã com cara de quem dormiu razoavelmente, e durante o dia deixa-me fazer quase tudo, depois de atender aos seus cuidados.
Sendo assim, já houve tempo para fazer bolos, sobremesas, o almoço e o jantar, tudo sem grandes preocupações enquanto ele dorme impávido e sereno. É aproveitar enquanto ele é assim, pois não sei quanto tempo mais este “estado de graça” vai durar
Para começar uma receita simples, porque me parece que a partir de agora simplificar vai ser ainda mais importante!

Ingredientes para 2 pessoas:

300g de lulas limpas
160g de massa curta (usei conchinhas tricolores)
Azeite q.b.
Sal e pimenta q.b.
3 colheres de sopa de pesto (eu usei pesto caseiro de rúcula, mas podem usar qualquer um)

Preparação:

Coza a massa em água a ferver temperada com um pouco de sal e até ficar al dente.
Entretanto corte as lulas em argolas e leve-as a fritar numa frigideira anti aderente com uma colher de sopa de azeite. Tempere de sal e pimenta e deixe saltear cerca de 10 minutos.
Assim que a massa estiver cozida escorra-a bem (mas guarde um pouco da água da cozedura) e envolva-a nas lulas salteadas. Acrescente agora o pesto e misture bem, juntando uma ou duas colheres de sopa da água da cozedura da massa para ajudar a soltar o molho.
Sirva de imediato.

Bom Apetite!

Bolo Up-Side Down de Pera

Ainda as peras… Desta vez num bolo simples. Muito simples, muito pequenino (assim é bom porque se come depressa) e que pode ser feito com outra fruta como ameixas, alperces, damascos e até ananás. A imaginação e a fruta da casa são o limite.
E um bolo é já um clássico de sexta-feira aqui por casa e a sugestão que eu mais gosto de dar para o fim de semana…

Ingredientes para 1 bolo pequeno

Base de fruta
3 peras
50g de manteiga derretida
50 g de açúcar amarelo

Massa
80g de manteiga
1 ovo
75g de farinha com fermento
75g de açúcar amarelo
1 colher de sobremesa de essência de baunilha

Canela e açúcar em pó para polvilhar

Preparação:

Numa forma redonda pequena (18 a 20cm de diâmetro) coloque a manteiga derretida e polvilhe com açúcar amarelo. Descasque depois as peras, tire o caroço e corte-as em quartos que deverá dispor sobre a mistura de manteiga e de açúcar.
Prepare depois a massa do bolo. Coloque todos os ingredientes numa taça e bata-os com a batedeira elétrica durante cerca de 4 minutos até obter uma massa lisa e homogénea, que fica até um bocadinho grossa.
Coloque depois a massa sobre a fruta, cobrindo bem se necessário com a ajuda de uma espátula.
Leve depois o bolo ao forno previamente aquecido a 160ºC, cerca de 35 minutos.
Desenforme o bolo ainda quente para o prato de servir e polvilhe com um pouco de canela e açúcar em pó depois de arrefecido.

Bom Apetite!

Costeletas de Porco com Peras Caramelizadas e Couve Salteada

As peras dos avós…. As peras do avós não são boas. São meias farinhentas assim que amadurecem um pouco, são pouco doces, têm uma textura demasiado granulosa para o meu gosto e têm uma tendência para apesar do seu aspeto delicioso por fora estarem completamente queimadas por dentro, de tal maneira que são impossíveis de comer.
Por isso, e como as utilizamos pouco enquanto uma simples peça de fruta, surgem outras formas de as utilizar, para além das habituais compotas, até porque não são assim tantas para renderem dessa forma.
Em sumo ficam bastante saborosas, em gelado também não são más, mas esta semana tiveram outros destaques. Caramelizadas e como acompanhamento de umas costeletas, ficaram realmente de top

Ingredientes para 2 pessoas:

2 costeletas de porco
2 peras ainda firmes
2 colheres de sopa de azeite
Sal e pimenta q.b.
2 dentes de alho
200g de uma mistura de couve roxa e couve lombarda em juliana

Preparação:

Tempere as costeletas com um pouco de sal e pimenta e reserve.
Numa frigideira coloque uma colher de sopa de azeite. Junte os dentes de alho picados grosseiramente e assim que começarem a fritar acrescente as couves em juliana previamente lavadas. Deixe cozinhar em lume brando até que as couves comecem a perder o seu volume. Tempere de sal e pimenta e se necessário acrescente um pouco de água às couves para formar um pouco de vapor e assim ajudar a cozinhar a couve. Deixe cozinhar cerca de 15 minutos até as couves estarem macias mais ainda firmes. Não deixe cozinhar demasiado.
Entretanto descasque as peras e corte-as em quartos. Reserve.
Noutra frigideira junte o restante azeite e deixe aquecer um pouco. Junte as costeletas e as peras em quartos e deixe cozinhar em lume espevitado, de modo a caramelizar tanto a superfície da carne como a pera. Vire depois a carne e a fruta de modo a que fiquem caramelizados por igual. Assim que estiver cozinhado, retire da frigideira e deixe as costeletas repousarem cerca de 5 minutos.
Sirva as couves salteadas com as costeletas e as peras caramelizadas. Se quiser, decore com umas folhinhas de coentros.

Bom Apetite!

José Maria

Faz hoje uma semana que o Zé Maria nasceu. Às 37 semanas e um dia, numa cesariana eletiva, em que fomos apanhados um bocadinho de surpresa pela sua chegada um pouco antes do que estávamos a contar. Mas correu tudo bem para os dois. E faz hoje uma semana que a minha vida mudou. Abracei a maternidade com a ânsia de quem demorou 5 anos a alcança-la. Acho que tenho um filho lindo, claro, e que tem um ar angelical quando dorme, e ar de um pequeno diabinho quando abre a goela e chora como se não houvesse amanhã, o que para já acontece poucas vezes, mas quase sempre durante a noite!
O Zé Maria nasceu e a minha vida tornou-se muito melhor, finalmente completa. Apesar das noites não tão bem dormidas, e de a nossa primeira e principal preocupação ser ele, e apenas ele.
Mas mesmo assim vai havendo tempo para outras coisas, nem que seja para vos agradecer as palavras e o carinho que recebi aquando da chegada do meu filho. Obrigada a todos.
As receitas, essas, cá vão continuando, pois este é afinal um blogue de receitas!

Tostinhas com Pesto, Presunto e Figos

A rotina alimentar dos domingos não se altera muito aqui por casa. O almoço é sempre mais cuidado e o jantar muito mais descontraído e simples, normalmente com finger food, comida em frente à televisão.
Desta vez não foi diferente, com uma combinação diferente mais de que gostamos muito. E como estamos agora na época dos figos é sempre uma boa sugestão para os usar de forma diferente. São também bonitinhas e ficam bem em qualquer mesa num jantar de amigos. E preparam-se muito rapidamente o que é sempre muito importante.

Ingredientes para 12 tostinhas

12 fatias de baguete ou baguete rústica
3 figos maduros mais ainda firmes
6 fatias fininhas de presunto
Pesto q.b. (eu usei pesto caseiro de rúcula, cuja receita partilhei recentemente, mas podem usar o normal pesto de manjericão, caseiro ou de compra)
Azeite q.b.

Preparação:

Numa frigideira, chapa ou até na torradeira, torre ligeiramente as fatias de baguete até ficarem douradas.
Barre-as depois, generosamente com o pesto. Divida as fatias de presunto ao meio e cubra depois as tostinhas barradas com o pesto com o presunto.
Corte depois cada figo em 4 fatias e coloque uma fatia sobre cada tosta.
Antes de servir regue com as tostinhas com um fio de azeite.
Sirva de imediato.

Bom Apetite!

Sumo de Abacaxi, Hortelã e Menta

Já entramos no Outono, mas ainda está muito calor. Por isso as bebidas refrescantes continuam a saber bem. Principalmente quando são feitas com fruta fresca, gelo e ervas aromáticas. São muito mais saudáveis e nutritivas e nada se comparam a refrigerantes. Quando feitos em casa têm ainda a grande vantagem de poderem ser feitos imediatamente antes de consumir, e assim quase não perderem vitaminas e não oxidarem, e de conterem toda a polpa da fruta, onde se encontram as fibras que tão bem nos fazem… Porque devemos apostar em coisa melhores, mais saudáveis e preparadas em casa. E não, não é mais cara. Um litro deste sumo, com fruta verdadeira e com ervas dos vasos da varanda, custa menos que uma garrafa de refrigerante…

Ingredientes para cerca de 1 litro de sumo

1 pernada de menta (hortelã “normal”)
1 pernada de hortelã-pimenta
1 ananás ou abacaxi – Cerca d 1kg pesado já sem casca
10 cubos de gelo e água fresca se necessário

Preparação:

Corte a polpa do abacaxi em pequenos pedaços e coloque no copo da liquidificadora, robot de cozinha ou no copo da varinha mágica. Junte depois as folhas da menta e da hortelã pimenta, e o gelo e cerca de 150ml de água e triture até obter uma textura de sumo /néctar. Se achar que ainda está muito grosso e polposo, junte um pouco mais de água e triture um pouco mais. Se achar necessário junte um pouco de açúcar ou adoçante. No meu caso a fruta era bastante doce e não foi necessário…
Coloque no frigorífico até servir, mas não prepare com muito antecedência para não perder vitaminas e oxidar.

Bom Apetite!

Bolo de Claras, Amêndoas e Framboesas

Os livros novos têm sempre um efeito mágico cá em casa. E se forem de culinária é difícil que logo na primeira espreitadela não tenham uma receita que me façam correr para a cozinha. A chegada de um novo livro da Donna Hay – de quem eu sou super fã – teve, mais uma vez esse efeito. Claras, amêndoas e lindas framboesas, tudo coisas que havia cá em casa e, em partícula no caso das claras a precisarem de serem usadas. Melhor era impossível. Um bolo simples e irresistível, além de lindo que só ele…. Uma sugestão para o fim de semana.

Ingredientes :
(in “No time do cook” Donna Hay, página 168)

50g de farinha
80g de amêndoa moída fina (como se fosse farinha)
160g de açúcar em pó + para polvilhar
90g de manteiga derretida
3 claras de ovo
1 colher de chá de essência de baunilha
1 chávena de framboesas frescas ou congeladas

Preparação:

Numa taça coloque as claras de ovo e com um garfo bata-as ligeiramente até que comecem a formar uma espuma. Junte depois a farinha, a amêndoa moída finamente, o açúcar em pó, a manteiga derretida e a essência de baunilha e misture bem. Junte depois metade das framboesas e coloque o bolo numa forma (pequena 18 ou 20 cm de diâmetro) previamente untada e forrada com papel vegetal.
Polvilhe com as restantes framboesas e leve ao forno previamente aquecido a 160ºC deixando cozinhar cerca de 35 minutos ou até o bolo estar cozido.
Retire depois do forno e deixe arrefecer sobre uma grelha antes de o polvilhar generosamente com açúcar em pó.

Bom Apetite!

Tomate Cereja Assado com Tomilho e Mel

Mais tomate. Desta vez numa versão de acompanhamento para peixe ou carne grelhada, ou simplesmente para comer sobre fatias de pão torrado – de preferência alentejano!´
Uma combinação de sabores muito diferente, mas muito saborosa que certamente vos vai surpreender, como me surpreendeu a nós. Mais uma maneira de utilizarem tomate de forma diferente e para além das saladas mais tradicionais. É bom poder descobrir novas formas e novos sabores para utilizar os nossos ingredientes tradicionais e de sempre-

Ingredientes para 2 pessoas:
(adaptado de “Da Horta para a Mesa”, Cláudia S. Silvax, página 164)

15 tomates cereja
2 pernadinhas de tomilho
2 colheres de sopa de azeite
2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
2 dentes de alho
1 colher de sobremesa de mel
Sal e pimenta q.b.

Preparação:

Num tabuleiro coloque os tomates cereja, os dentes de alho inteiros mas previamente esmagados e as pernadas de tomilho. Tempere com sal e pimenta.
Numa taça emulsione os restantes ingredientes e verta-os sobre o tomate. Envolva bem e leve ao forno previamente aquecido a 200ºC durante cerca de 20 minutos.
Sirva com carnes ou peixes grelhados, ou como petisco com pão torrado.

Bom Apetite!

Ketchup Caseiro

Este ano a abundância de frutas e legumes foi pouca. Pouca de quase tudo. Mas os tomates, apesar de tardios vieram em força e contrariaram essa pouca abundância. Por aqui houve quantidade suficiente para fazer compota de tomate, molho de tomate caseiro para pasteurizar e guardar à semelhança do que aconteceu o ano passado. Congelaram-se tomates maduros, há ainda muitas saladas saborosas, estufados e caldeiradas e houve tempo para experimentar coisas novas. No sábado, apesar da já muito grande, mas com um Zé Maria muito colaborante com as andanças culinárias da mãe (pelo menos por enquanto!), ainda experimentei pela primeira vez um ketchup caseiro, muito saboroso, mas um pouco diferente do sabor tradicional a que estamos habituados. Muito menos açúcar, sem corantes ou conservantes, feito realmente com com tomate e algumas especiarias para dar sabor. Além de caseiro muito saudável, e que vai muito bem com umas batatinhas fritas.

Ingredientes para 3 garrafinhas de 250ml:

1kg de tomate maduro sem pele ou sementes e cortado em pequenos pedaços
2 cebolas pequenas
2 dentes de alho
2 colheres de sopa de azeite
1 pernadinha de tomilho fresco q.b.
2 folhas de louro
125ml de água
2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
Sal q.b.
1 colher de sopa de açúcar
1 pitada de cravinho
1 pitada de cominhos
1 pitada de noz moscada

Preparação:

Pique as cebolas e os dentes de alho e leve-os a alourar no azeite, num tacho, durante cerca de 10 minutos ou até as cebolas começarem a ficar alouradas.
Junte depois o tomate em pedaços (sem peles ou sementes), as ervas aromáticas e tempere com um pouco de sal açúcar e as restantes especiarias – atenção que é mesmo para colocar uma pitadinha de cada. Poderá depois acrescentar se necessário, mas não pode retirar se colocar a mais. Junte também a água e o vinagre e deixe cozinhar em lume brando cerca de 30 minutos.
Ao fim desse tempo retire as ervas aromáticas e, com a varinha mágica passe o ketchup para ficar com uma consistência mais fina. Deixe engrossar mais um bocadinho, se achar necessário, e coloque depois em garrafinhas ou frasquinhos esterilizados e que deverá pasteurizar posteriormente. (Se pasteurizar duram muito mais tempo e são uma excelente ideia para colocar nos cabazes de natal! O processo de pasteurização está explicado num post do “Economia cá de Casa” do ano passado!)
Utilize como o ketchup normal, em sandes, cachorros ou batatas fritas.

Bom Apetite!

Caldeirada de Bacalhau com Espinafres Salteados e Puré de Batata Doce

Como sou uma pessoa mais de outono/inverno do que de verão, confesso que já estou completamente farta deste calor e deste tempo. A sério… Lembro-me que há muitos anos atrás, quando era altura de iniciar a escola, o tempo já estava fresco. Regresso às aulas significava a chegada do outono, mas agora parece que vamos ter verão até novembro…. E ainda há uns tempos se dizia por aí que este ia ser o verão mais frio dos últimos anos. You wish!
Mas como estou desejosa do outono preparei uma receita que tem um pouco de verão com um pouco de outono. Do verão a caldeirada com o tomate amadurecido pelo sol e pelo calor. E do outono o puré, numa versão com batata-doce. Pode parecer estranho, mas combina divinalmente. E estava mesmo muito, muito bom.

Ingredientes para 2 pessoas:

2 postas de bacalhau
1 tomate maduro
½ pimento verde
1 cebola
1 folha de louro
2 dentes de alho
Azeite q.b.
Vinho branco q.b.
Pimenta q.b.
Colorau q.b.
Coentros frescos
2 batatas doces médias
Sal q.b.
50ml de leite (ou um pouco mais)
150g de espinafres frescos

Preparação:

Descasque as batatas-doces, corte-as em cubos e leve-as a cozer em água temperada de sal.
Entretanto prepare a caldeirada de bacalhau. Corte a cebola em rodelas não muito finas, e o tomate e pimentos em cubos. Pique os dente de alho.
Num tacho coloque camadas de cebola, tomate, pimento, alho e bacalhau. Tempere com o louro, o azeite, a pimenta, o vinho branco, o colorau e os coentros frescos e tape o tacho. Leve depois a lume brando, deixando cozinhar tudo lentamente. Se necessário retifique de sal.
Assim que as batatas-doces estiveram cozidas escorra-as bem e coloque-as novamente na panela. Com um garfo, um esmagador próprio manual ou com o passe-vite, reduza-as a puré. Mexa bem depois com a colher de pau, tempere com sal, se necessário, um pouco de pimenta e um fio de azeite. Acrescente o leite e leve novamente ao lume para engrossar. Reserve.
Para preparar os espinafres leve uma frigideira ao lume juntamente com um fio de azeite e deixe aquecer. Junte depois os espinafres e tempere-os de sal. Deixe cozinhar dois ou três minutos até que murchem. Retire do lume e reserve.
Sirva os espinafres salteado sobre o puré de batata, e sobre estes o bacalhau, regando com o molho e legumes da caldeirada.
Sirva de imediato.

Bom Apetite!

Noodles com Vegetais e Tirinhas de Porco Teriaki

Há uns dias atrás fiz um pequeno desabafo no facebook…que havia alturas, momentos, em que pensava se não seria melhor colocar o “ponto final” neste blogue. Atenção, eu não estou a pensar em fazê-lo, foi só um desabafo. E porquê? Vou ser muito honesta. Quando comecei este blogue, há pouco mais de sete anos, poucos eram os blogues de culinária. Todos nos conhecíamos uns aos outros, e os blogues serviam efetivamente para partilhar receitas, ideias, sugestões, ingredientes… Mas em sete anos muitas coisas evoluíram. E nem sempre – e esta é a minha opinião – as coisas evoluem bem. Começaram a aparecer blogues, muitos blogues, dos mais variados temas e correntes. E começou a notoriedade dos blogues. E alguns blogues passaram a ser referências. Passaram a ser falados fora da “blogosfera”. Passaram os seus autores a serem conhecidos, a terem programas e rubricas na tv, livros editados, notoriedade, reportagens, referências. As marcas começaram a reparar nisso, e viram nos blogues uma maneira ideal de publicitarem diretamente ao seu consumidor final. Se eram baby blogues, toca de publicitar marcas infantis, de culinária produtos alimentares, de moda e lifestyle maquilhagem, cremes e afins… Até aqui tudo bem, quem não iria aproveitar estas oportunidades… Mas ao mesmo tempo que tudo isto surge, tudo se lembrou que também queria um blogue – fosse do que fosse, e consoante os seus interesses e especialidades. Porque eu também faço e sei fazer, mas principalmente porque todos passaram a querer os seus 5 minutos de fama. E a “blogosfera” nacional encheu-se de blogue e mais blogues (de todos os tipos!), muitos deles a “copiarem” registos já existentes muitos numa tentativa de terem o mesmo sucesso, os mesmos convites, as mesmas festas, as mesmas ofertas e as mesmas oportunidades que os seus ídolos blogosféricos. Não me interpretem mal. Ninguém tem mais direitos que ninguém, e cada um é livre de fazer o que quer e como quer, pois ainda vivemos numa sociedade livre.
Mas depois de passarmos algumas horas pelos blogues portugueses, parece que vimos vezes sem conta as mesmas ideias, as mesmas coisas copiadas por uns e por outros.
Os blogues deixaram de ser pessoais, e de refletirem os seus autores e as suas vivências. Na maioria das vezes aparecem textos mecanizados à custa da publicidade obrigatória que têm de fazer, umas vezes mais disfarçada do que outras. E perdeu-se a inocência da blogosfera, de textos que eram escritos diretamente da alma para serem apreciados. Textos que eram especiais e originais, muitas vezes opiniões pessoais do dia a dia, fossem eles de moda, lifestyle, de política ou simplesmente para falar sobre os filhos ou de culinária.
Iniciei este blogue numa ideia de partilha de receitas e até de ajuda a quem não gosta tanto de cozinhar. A minha intenção era tão inocente e ingénua, principalmente se a virmos aos olhos da maioria dos blogues de hoje. E por isso dou por mim a perguntar, às vezes, se ainda fará sentido, nesta blogosfera que “cresceu”, e deixou já a sua inocência e ingenuidade de lado, este blogue existir. Porque aqui, eu ainda gosto que exista alguma inocência e ingenuidade. (E claro que aqui às vezes também de fala de produtos e marcas, mas com contenção gente, contenção!)
Será que o conceito deste blogue continua a fazer sentido? Chego à conclusão que sim. Porque este é um blogue para quem realmente cozinha todos os dias, com ingredientes da época e acessíveis a quase todos. Muitas vezes coisas normais, em dias especiais um bocadinho mais extravagante. Com fotos melhorzinhas, quando há tempo para isso, e fotos pirosas quando são tiradas a correr porque temos de jantar, a luz já não é boa, não há tempo para floreados e estão as pessoas à espera. É um blogue que me reflete a mim, que “sou lagartixa e jamais chegarei a jacaré”, parafraseando alguém que gosto muito de ler.
Por isso, por aqui vê-se pouco das grandes mudanças e crescimento da blogosfera nacional. Continua a voar-se baixinho e sem esperar muita coisa. E a acreditar que não devo julgar os outros (apesar de o estar a fazer um bocadinho), pois cada um é livre de seguir o seu caminho, apesar de não ser fã do que se passa por aí. Infelizmente é o reflexo da nossa sociedade, da corrida aos 5 minutos de fama a que todos achamos ter direito.
A vocês, os melhores leitores do mundo e que ficaram muito aflitos quando leram o meu desabafo de ter dias em que me apetecer colocar “the end” no blogue, estejam descansados. Estou aqui para continuar. Porque parece-me que para muitos de nós, este conceito inocente de partilha e de realidade ainda faz sentido. E porque vos devo muito…

Ingredientes para 2 pessoas:

75g de noodles (massa chinesa)
2 colheres de sopa de molho de soja
1 malagueta vermelha tipo chilli
1 chávena de couve roxa cortada em juliana fina
1 chávena de couve coração cortada em juliana fina
½ pimento verde
2 dentes de alho
1 mão cheia de espinafres frescos
1 cebola pequena
3 bifanas de porco
1 colher de sopa de molho teriaki
1 colher de sobremesa de sementes de sésamo
2 colheres de sopa de óleo vegetal
Coentros frescos para decorar

Preparação:

Leve os noodles a cozer em água a ferver temperada de sal.
Corte as bifanas em cubinhos e tempere-as com metade do molho de soja, o molho teriaki e as sementes de sésamo.
Abra a malagueta ao meio e retire-lhe as sementes. Corte-a depois em tirinhas e junte metade à carne de porco misturando bem. Reserve a outra metade para os noodles.
Entretanto corte o pimento verde em tirinhas e a cebola em meias luas finas. Pique os dentes de alho.
Leve uma frigideira ou wok ao lume com 1 colher de sopa de óleo vegetal e junte os dentes de alho e a malagueta reservada. Deixe fritar 1 minuto, mexendo sempre, e junte depois a cebola, o pimento, as couves e deixe saltear de modo a que os legumes fiquem cozinhados mas ainda crocantes. Acrescente agora os noodles previamente escorridos, e as folhas de espinafres. Envolva bem todos os ingredientes e tempere com o restante molho de soja. Retire e reserve.
Limpe com papel absorvente a frigideira ou wok que usou e acrescente o restante óleo vegetal. Deixe aquecer e junte a carne de porco e a marinada. Deixe cozinhar até que a carne esteja macia e a marinada ligeiramente xaroposa.
Sirva os noodles com a carne de porco polvilhada com um pouco de coentros frescos picados.

Bom Apetite!

Tarte de Oreo com Creme de Lima e Manjericão

Para finalizar esta ementa exótica e picante, faltava a sobremesa. Não foi fácil. Optei pelo exótico, ou melhor pelo diferente, mas deixei de parte o picante.
(Ainda de tinha lembrado de fazer uma tarte de chocolate e chilli que tinha visto a Cristinne do Masterchef Australia - season 5 - a fazer, mas depressa mudei de ideias.)
Com a imaginação quase a zero – foi um desafio fazer esta ementa – foi na revista “Saberes e Sabores” da Vaqueiro que descobri a sobremesa perfeita. Deliciosa, fresca, diferente e exótica q.b.
Para testarem ainda durante o verão que está quase a acabar….

Ingredientes para 6 copinhos individuais (metade da receita original):
(adaptado de “Saberes & Sabores vaqueiro, nº 218, Outono de 2013, página 20)

Massa
125g de bolachas Oreo ou semelhantes
15g de manteiga ou margarina

Recheio
1,5 folhas de gelatina
½ lata de leite condensado
1dl de natas
3 limas
Folhas de manjericão fresco q.b.

Preparação:

Num robot de cozinha ou picadora, pique as bolachas oreo juntamente com a manteiga ou margarina até ficarem reduzidas a uma espécie de migalhas finas.
Divida então a base de bolacha por 6 copinhos ou tacinhas, pressione bem e leve ao frigorífico.
Entretanto prepare o recheio. Coloque as folhas de gelatina em água fria para demolhar.
Num copo alto (da varinha mágica) junte o leite condensado, as natas, a raspa e o sumo das limas e uma mão cheia de folhas frescas e verdinhas de manjericão. Triture bem até obter um creme de cor verde.
Esprema depois as folhas de gelatina da água fria e coloque-as numa tacinha. Leve ao micro-ondas cerca de 5 segundos até que estejam derretidas e junte-as ao preparado anterior, batendo com a varinha mágica mais uns segundos.
Divida o creme sobre a base de bolacha e leve ao frigorífico para prender durante algumas horas – ou de um dia para o outro.
Antes de servir decore com umas rodelinhas de lima e umas folhas de manjericão fresco.

Bom Apetite!

Carne de Porco Caramelizada à Chinesa

A ementa pedida tinha que ser exótica e picante. E para mim não podia ser demasiado elaborada, porque já não consigo estar muitas horas a cozinhar. Se a entrada – os mexilhões que partilhei ontem – foi fácil de decidir, com o prato principal penei um bocadinho, mas salvou-me a minha querida Donna Hay. Sendo assim, passamos de uma entrada de inspiração tailandesa para a culinária chinesa, numa versão de carne de porco picante q.b. e muito aromática e exótica. Daquelas receitas que é mesmo colocar tudo num tacho e deixar cozinhar….

Ingredientes para 4 pessoas:
(adaptado de “Simple Dinners” – Donna Hay, pág. 124)

1 colher de sopa de óleo vegetal
1kg de rojões de porco cortado em cubos pequenos (convém que a carne tenha alguma gordura, mas não em demasia)
3 dentes de alho
3 malaguetas vermelhas tipo chilli
4 pedaços de casca de laranja
2 colheres de sopa de gengibre ralado
375ml de vinho do porto (Ou se encontrarem à venda vinho para cozinhar chinês - Shaoxing)
60ml de molho de soja
300ml de caldo de frango (usei caseiro)
60g de açúcar amarelo

Preparação:

Num tacho grande aqueça o óleo e adicione a carne de porco. Vá mexendo bem, de modo a dourar a carne de ambos os lados, cerca de 5 a 7 minutos. Retire a carne do tacho e reserve.
Junte agora ao tacho o alho picado, o gengibre ralado, as malaguetas sem sementes e cortadas em juliana fininha, a casca de laranja, o vinho do Porto (ou o chinês) o caldo de frango, o molho de soja e o açúcar. Mexa bem e deixe levantar fervura.
Coloque novamente a carne de porco no tacho, tape, reduza o lume para o mínimo e deixe cozinhar lentamente, cerca de 1 hora ou até a carne estar muito macia.
Sirva a carne com o molho que entretanto se formou e caramelizou (se no fim da cozedura o molho ainda estiver muito líquido, destape, aumente o lume e deixe ferver um pouco de modo a ficar com uma consistência mais escura e xaroposa, mas cuidados para não agarrar), arroz thai jasmim cozido e brócolo ou uma salada verde.

Bom Apetite!

Mexilhões com Leite de Coco e Sabores Tailandeses

Foi talvez o último almoço de amigos aqui por casa, antes do nascimento do Zé Maria. As 36 semanas já cá cantam, a barriga já pesa muito, e não me parece que tenha coragem de voltar a fazer um almoço ou jantar por aqui enquanto ele estiver cá dentro… E vamos a ver quanto tempo demorará depois a fazer um quando ele vier cá para fora. Só o tempo o dirá!
E neste (possivelmente!) último almoço de amigos antes do nascimento do meu rapazinho, houve uma ementa pensada ao pormenor. Isto porque eu, sem saber muito bem o que cozinhar, perguntei aos meus amigos se havia algum pedido especial. A resposta veio quase de imediato e deixou-me a pensar algum tempo: algo exótico e picante.
Depois de pensar um pouco, decidi muito rapidamente a entrada. Uns mexilhões com leite de coco e sabores tailandeses. Pareceu-me exótico o suficiente, e quanto ao picante era fácil de concretizar.
Aqui fica uma entrada muito apreciada por grandes e pequenos (haviam de ver uma criança de 4 e outra de 2 a comer mexilhões como se não houvesse amanhã….)

Ingredientes para 4 pessoas:

1 kg de mexilhões frescos
1 colher de sopa de óleo vegetal
2 talos de lemongrass (há à venda na Makro e algumas vezes encontra-se no continente ao pé das ervas aromáticas – normalmente designada por erva-limeira)
2 malaguetas vermelhas tipo chilli (podem usar mais quantidade, mas como eu sabia que havia crianças a comer não quis exagerar na quantidade de picante)
200ml de leite de coco
1 lima
2 dentes de alho
1 pedaço de raiz de gengibre fresco com cerca de 5 cm
Coentros frescos q.b.

Preparação:

Lave os mexilhões e cuidadosamente retire-lhes as barbas. Reserve.
Entretanto pique os dentes de alho e rale bem o gengibre. Abra as malaguetas ao meio e retire as sementes e os veios (onde se encontra a maior parte do picante – se quiser um picante mais forte pode manter…). Corte depois a malagueta em pedacinhos.
Esmague os talos de lemongrass com uma faca e pique-os de seguida.
Leve um tacho ao lume com o óleo vegetal e deixe aquecer. Junte depois o alho, o gemgibre, a malagueta e o lemongrass. Deixe fritar uns minutos e junte o leite de coco. Assim que levantar fervura acrescente os mexilhões e uma mão cheia de coentros picados. Tape, agite o tacho e deixe abrir bem os mexilhões – cerca de 4/5 minutos.
Coloque no prato de servir, regue com um pouco de sumo de lima e polvilhe com um pouco mais de coentros picados. Sirva de imediato.

Bom Apetite!

Tarte de Legumes com Queijo-Creme

Também eu sou preguiçosa. Também eu, muitas vezes, escolho os atalhos, os caminhos mais rápidos e que me fazem perder menos tempo na cozinha. Mas há coisas que eu sei que não compensam, e mesmo sabendo isso, continuo a usar atalhos que não são, nem mais baratos, nem mais saborosos… É o que tem acontecido com as massas pré-prontas e refrigeradas para tartes. Não, não me refiro à massa folhada (por enquanto), mas a massa quebrada, doce ou salgada, que normalmente todos ou quase todos compramos. Podemos dizer que é mais pratico, que está sempre à mão, …., mas o que é certo é que é super rápida de fazer e casa e fica bastante mais saborosa. A massa quebrada doce há muito que faço, em segundos, usando para isso um básico robot de cozinha, versão que aprendi com o querido Jamie Oliver. Mas a preguiça levou-me a deixar de fazer o mesmo com a versão salgada. De há uns tempos para cá decidi que era um disparate gastar dinheiro com massa quebrada de compra. E deixei de comprar. Pelo o preço de um pequeno rolo, faço 3 ou 4 bases em casa e não demoro mais de 1 minuto. Compensa, acreditem. E sim, faço com a ajuda de um simples e rápido robot de cozinha. Alguém já faz o mesmo? Fica muito melhor não fica?
E pronto, com uma base preparada em casa a melhor tarte de legumes de sempre, em versão muito diferente das habituais quiches, e sem natas, ovos ou leite.

Ingredientes para 1 tarte:

Massa quebrada
150g de farinha de trigo
70g de manteiga ou margarina
60ml de água
Sal q.b.

Recheio
1 curgete
10 tomates cereja
1 pimento vermelho
1 cebola
2 dentes de alho
Azeite q.b.
Sal e pimenta q.b.
1 colher de sopa de orégãos secos
2 colheres de sopa de queijo creme
2 colheres de sopa de queijo da serra ralado na hora (ou outro queijo de sabor forte)
Algumas rodelas de chouriço ou fuet ou salpicão

Preparação:

Comece por fazer a massa. No robot de cozinha coloque a farinha, o sal, a água e a manteiga ou margarina partida em pedacinhos. Ligue o robot de cozinha e deixe trabalhar até que a massa esteja formada numa bola. (Demora apenas alguns segundos!)
Retire a massa para uma superfície enfarinhada, tenda numa bola mais perfeitinha, e com a ajuda do rolo da massa estique-a e forre com a massa uma tarteira. Pique a massa com um garfo e leve ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 15 minutos (Isto ajuda que a massa não fique mal cozinhada, depois de lhe colocar o recheio).
Enquanto a massa coze, prepare o recheio. Descasque a curgete e corte-a depois em quartos e lamine-a depois finamente. (Não deixe pedaços muito grandes). Corte a cebola em rodelas finas, o pimento cubos pequenos, e os tomates cereja ao meio. Reserve.
Leve uma frigideira ao lume com um pouco de azeite e acrescente os dentes de alho previamente picados. Junte depois a cebola e deixe refogar uns minutos. Acrescente a curgete e o pimento e envolva bem no refogado. Tempere com os orégãos, o sal e a pimenta e deixe cozinhar até que os legumes comecem a ficar macios.
Acrescente depois o tomate cereja e o queijo creme e envolva bem.
Espalhe o recheio de legumes pela base da tarte e polvilhe com o queijo da serra ralado. Cubra com umas rodelinhas de chouriço e leve novamente ao forno (180ºC) para gratinar os queijos e dourar o chouriço, cerca de 10/15 minutos
Sirva em fatias, quente ou fria, com uma salada verde.

Bom Apetite!

Linguini Nero com Salmão Fumado, Rúcula e Queijo Creme

Hoje é o dia em que muitas crianças retomam ou começam a escola. Hoje é o dia em que a maioria dos pais e das mães começam também eles a ter de retomar rotinas mais rígidas. Do trabalho, dos banhos, das compras, da ajuda nos trabalhos de casa, nas batalhas na hora de ir dormir e do tempo de televisão e dos jogos de consola.
Agora é outra vez mais a sério, pelo menos até ser natal e virem de novo as férias (e apesar de tudo não falta assim tanto para o natal…)
E que receita melhor para aqui ter neste início, a sério, de rotinas do que uma receia ultra rápida e deliciosa, e que vos ajude a entrar “nos eixos”.

Ingredientes para 2 pessoas:

100g de salmão fumado
160g de linguini Nero
2 colheres de sopa de queijo creme
1 mão cheia de rúcula (podem substituir por espinafres baby)
Sal e pimenta q.b.

Preparação:

Coza a massa em água temperada de sal até ficar al dente.
Entretanto corte o salmão fumado em pequenos pedaços e lave bem e seque a rúcula.
Assim que a massa estiver cozida, escorra-a bem, guardando um pouco da água da cozedura, e volte a colocar na panela onde a cozinhou. Acrescente o queijo creme e um pouco de pimenta preta e envolva bem até o queijo envolver a massa. Acrescente agora o salmão fumado e a rúcula e mexa bem. Se necessário junte um pouco da água da cozedura para soltar a massa.
Sirva de imediato.

Bom Apetite!

Geleia de Amoras Silvestres

O meu afilhado Tiago, chegou cá a casa com uma caixinha cheia de amoras, apanhadas pela avó Teresa em Viseu. A minha primeira ideia era comê-las todas, à mão, até ficar com a boca, os dedos e a língua tingida, como tantas vezes fiz. Mas rapidamente percebi que as podia aproveitar de outra forma. O que me apetecia era uma compota de amoras silvestres, que gosto muito, mas rapidamente achei que devia experimentar fazer uma geleia de amoras silvestres.
A experiência não correu mal e a geleia ficou com uma cor linda e muito, muito saborosa.
Uma experiência para o fim de semana… apanhar amoras e fazer geleia!

Ingredientes para 1 frasquinho:

200g de amoras Silvestres
400ml de água
150g de açúcar
3 folhas de gelatina (ou ½ pacote de pectina, que há a venda no continente, junto do açúcar)

Preparação:

Leve um tacho ao lume com a água e o açúcar e deixe levantar fervura. Reduza depois o lume e acrescente as amoras e deixe cozinhar em lume brando ate obter uma cor escura das amoras e estas estarem muito macias.
Com a varinha mágica triture o doce e deixe ferver mais um pouco, cerca de 10 minutos. Com a ajuda de um passador de rede, coe o doce de modo a eliminar as sementes das amoras, espremendo bem com a ajuda de uma colher para aproveitar ao máximo a polpa das amoras.
Deite fora a parte das sementes, e volte a colocar na panela o líquido coado. Deixe novamente levantar fervura e acrescente as folhas de gelatina previamente demolhada e deixe derreter. (Se usar a pectina, junte-a e deixe ferver cerca de 20 minutos ou conforme as instruções da embalagem).
Coloque a geleia ainda quente nos frascos previamente esterilizados, tape bem e vire de cabeça para baixo cerca de 30 minutos.
Sirva com torradas ou como desejar.

Bom Apetite!

Arroz Amarelo com Porco e Garam Masala

É sempre relativamente simples preparar uma refeição em minutos, principalmente se no frigorífico há muitas sobras. Eu tinha arroz, muito arroz (que nem mesmo assim gastei todo!) que tinha sobrado de um almoço de amigos durante o fim de semana. E depois é verão, apesar da chuva e trovoada desta noite, e há muitos legumes na gaveta do frigorífico que assim tornaram o jantar ainda mais simples de preparar.
Os pozinhos mágicos, e o que faz a diferença, é o uso das especiarias que tornaram um aproveitamento tão simples e tão banal em algo de certo modo especial: um arroz amarelo com carne de porco e muito sabor!

Ingredientes para 2 pessoas:

3 bifanas pequenas
1 chávena de arroz branco cozido
1 cebola pequena
1 pedacinho de gengibre fresco
1 dente de alho
½ malagueta chilli vermelha
½ pimento verde
½ chávena de ervilhas
1 tomate pequeno
1 raminho de coentros
1 colher de chá de açafrão das índias
1 colher de chá de Garam Masala (ou caril, se não tiver esta especiaria)
Sal q.b.
1 colher de sopa de óleo vegetal

Preparação:

Pique a cebola finamente assim como a malagueta. Corte o pimento em cubinhos pequenos assim como o tomate.
Corte a carne em cubos e tempere-a com um pouco de sal.
Leve uma frigideira grande ao lume, ou um wok e junte o óleo deixando aquecer bem. Acrescente a cebola picada, a malagueta e o pimento e deixe refogar. Junte depois o gengibre e o dente de alho ralados e mexa bem deixando refogar mais uns minutos.
Acrescente a carne, e as especiarias e, se necessário tempere com um pouco mais de sal. Deixe a carne cozinhar cerca de 5 minutos e junte agora as ervilhas , o tomate e o arroz envolvendo bem e deixando cozinhar em lume branco mais uns minutos. Antes de servir envolva bem os coentros picados e sirva de imediato.

Bom Apetite!

Coelho no Tacho com Bacon, Tomate e Cogumelos

Este ano demorou mais um bocadinho a chegar, mas finalmente o tomate maduro e sumarento dos avós já cá está! Há então muitos pratos com tomate , salada de tomate com orégãos ou manjericão, tomate com queijo fresco ou mozarela e, apesar da barriga e do cansaço associado a este bebé que vai crescendo a bom ritmo, já saíram desta cozinha frascos de compota de tomate e de molho de tomate pronto a usar.
Entretanto o tomate mais maduro (apesar de também já haver alguns congelados…) foi parar ao tacho na companhia do coelho, dos cogumelos e do bacon.
E estava bom. Coelho com sabor a verão. Para quem gosta, claro!

Ingredientes para 2 pessoas:

450g de coelho partido em pedaços
2 tomates grandes
1 cebola
10 cogumelos Pleurotos
4 fatias de bacon
4 dentes de alho
2 folhas de louro
Azeite q.b.
75ml de vinho branco
1 colher de chá de tomilho seco
Piri-piri a gosto
Salsa e pimenta q.b.

Preparação:

Coloque o coelho numa taça e tempere-o com sal, pimenta, o tomilho seco, o vinho branco, uma folha de louro e dois dentes de alho picados. Deixe marinar.
Pique a cebola e os dentes de alho e leve-os a alourar num tacho com um pouco de azeite. Junte depois o bacon partido em pedacinhos e o louro e deixe alourar
Corte o tomate em cubinhos e junte ao preparado anterior. Tempere com um pouco de sal, pimenta e piri-piri a gosto e deixe cozinhar uns minutos. Acrescente depois o coelho em pedaços e a marinada e deixe cozinhar, em lume brando até o coelho estar macio.
Entretanto corte os cogumelos em pequenos pedaços e assim que o coelho estiver quase cozinhado e o molho apurado junte-os envolvendo bem. Retifique os temperos e deixe cozinhar mais uns minutos.
Sirva o coelho polvilhado com salsa picada e com umas batatinhas cortadas em cubos, fritas ou assadas, e feijão verde cozido.

Bom Apetite!

Caldeirada de Lulas na Cataplana

Os dias quentes continuam , e continuam a apetecer os petiscos de verão. Isso para mim significa peixe grelhado, churrascos, feijoadas de camarão ou chocos e também cataplanas e caldeiradas diversas.
Desta vez uma caldeirada na cataplana que é, para mim, onde ficam mais saborosas. Receitas sempre simples que se preparam de uma forma bastante rápida e que são sempre saborosas.
Desta vez foram as lulas que tiveram destaque e a caldeirada na cataplana foi um almoço delicioso

Ingredientes para duas pessoas:

400g de lulas limpas
4 batatas médias
1 pimento verde
2 tomates maduros
1 cebola grande
2 dentes de alho
100ml de vinho branco
Coentros frescos
Sal e pimenta q.b.
Colorau q.b.
Azeite q.b.

Preparação:

Corte as lulas em rodelas não muito finas, Descasque a cebola e corte-as em rodelas finas, corte o pimento também em rodelas, assim como o tomate.
Pique os dentes de alho, descasque as batatas e corte-as em rodelas não muito finas.
Numa cataplana ou num tacho que feche bem, coloque uma camada de cebola e de alho, pimento, tomate, lulas e batata. Tempere com um pouco de sal, pimenta e colorau e repita as camadas. Tempere-as novamente e junte um raminho de coentros e regue com o vinho branco e um pouco de azeite.
Feche bem o tacho ou cataplana e deixe cozinhar em lume brando cerca de 30 minutos.
Sirva com pão frito ou torrado e uma salada.

Bom Apetite!

Curgetes Redondas Recheadas com Atum, Cogumelos e Coentros

Setembro ainda agora começou e já trás novidades: nasceu o meu mais recente sobrinho esta madrugada e a minha irmã começou hoje uma nova etapa na sua vida pessoal e profissional.
Dizem que setembro é um mês de mudanças. De recomeços. De novas rotinas. Por aqui tenho a certeza de que será! Penso também se o pequeno Zé Maria não escolherá este mês para nascer até porque já faltam poucas semanas e a minha barriga já conta com quase 35 de crescimento.
Há novidades, há muitas mudanças, há esperança no Futuro. E há uma receita!

Ingredientes para 2 pessoas:

2 courgetes redondas
1 tomate
2 latas de atum em azeite
1 cebola
2 dentes de alho
½ pimento
6 cogumelos pleurotos
Sal e pimenta q.b.
Azeite q.b.
Coentros frescos q.b.

Preparação:

Corte uma tampinha às curgetes e escave o seu interior cuidadosamente guardando a polpa. Coloque as curgetes redondas num tabuleiro, regue com um pouco de azeite, tempere de sal e leve-as ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 15 minutos ou até estarem macias.
Entretanto pique a cebola, os dentes de alho e um pouco de coentros e leve-os a alourar numa frigideira com um pouco de azeite. Acrescente depois a polpa da curgete previamente cortada em pedacinhos, o tomate em cubos assim como o pimento e envolva bem deixando cozinhar alguns minutos. Acrescente agora os cogumelos também cortados em pedaços e o atum previamente escorrido. Deixe cozinhar mais uns minutos para apurar e retifique de sal e de pimenta. Perfume com coentros frescos picados e retire do lume.
Tire as curgetes do forno e recheie-as generosamente com este preparado, levando-as novamente ao forno apenas para alourar a superfície do recheio.
Sirva as curgetes recheadas com arroz branco e uma salada verde.

Bom Apetite!

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